“All around me darkness gathers, 
Fading is the sun that shone, 
We must speak of other matters, 
You can be me when I'm gone.

 Flowers gathered in the morning, 
Afternoon they blossom on, 
Still are withered in the evening, 
You can be me when I'm gone.”
                          (Neil Gaiman) 

Existem duas versões desse disco: A enxuta, com 12 músicas, sequência das faixas pensadas e repensadas (e descartada), e a versão que a banda lançou em fevereiro de 2014, a que deu vazão à emoção, com 13 músicas (14 se for contar a escondida).
Cada versão tem uma capa distinta, um disco distinto (65% das músicas estão presente nas duas verões), uma vibe distinta e um nome distinto. Enquanto a versão descartada celebrava a vida de um modo contraditório, chamado "...To the death of us all", a segunda celebra a significância do adeus, dessa vez pelo prisma de viver na memória de outros, na substituição (se melhores amigos, amores, pais, casa, cachorros - e por aí vai - durante a vida mudam...), chamado "You Can Be Me When I'm Gone".



Em "YCBMWIG" existe aquele velho sentimento de não pertencer à ninguém, à lugar algum (Don't belong), aquele outro de "o que quer que faça, eu sempre vou te amar" (Whatever You), do amor que não é recíproco (Why Would You? / Sometimes), daquele relacionamento com uma séria falta de comunicação (Not Again), alineação (Break Me In / Faked / Forgive to Forget), momento stalker (Never), solidão (When The Monsters Comes), inocência (If I Can), raiva (Well Enough / Whore) e aquela crítica ao mainstream (Sing - "I don't wanna hear your songs / about cars, money, and bicthies spending / all the time on the world / to get lucky, to get richier, to get fucked").

 ( Sky Fetish, recentemente em Santa Cruz do Sul, participando do Grito Rock 2014)

É um disco onde a predominância é a palavra: não, e não o sim, e nas letras, situações com detalhes que normalmente qualquer um deixaria passar reto.

E o diabo, esse aí está nos detalhes em "YCBMWIG": na produção independente do disco (a mixagem e masterização feita pela própria banda), nas imagens e design de composição disco (também feito pela própria banda) assim como materiais extras, como os clipes (todos feitos pela própria banda, exceto "Blood" e "Sing", que foram apenas editados pela banda, e não produzidos/filmados).

No final o disco é o resultado daquela soma de DIY, e esse tal de DIY nunca fez tanto sentido como agora.

 (Release da banda tirada do facebook)